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sábado, fevereiro 04, 2017

Promessa, Esquecimento e divida em NIETZSCHE


A capacidade da relação entre promessa e esquecimento é conceituada por Nietzsche, como a condição de que a capacidade do homem em fazer promessas é uma ação contraria a própria natureza humana e o esquecimento encontra-se oposto a tal capacidade. A relação entre promessa e esquecimento origina-se na construção da memória. A questão de partida para a análise desse tema é a ação que se conjetura no ato de prometer, já que a promessa passa pelo crivo da lembrança, ela retira do ser humano a competência de esquecer e instala as primeiras condições do pensamento causal, pois distingue o casual do imprescindível, consolidando, portanto, o relacionamento entre a decisão da vontade e sua manifestação através da ação. Como efeito, nasce a necessidade de impedir a ação da força devoradora do esquecimento. Para Nietzsche, o esquecimento caracteriza-se por ser uma ação afirmativa, segundo ele,
[...] esquecer não é uma simples força inercial, como creem os superficiais, mas uma força inibidora ativa, positiva no mais rigoroso sentido, graças à qual o que é por nós experimentado, vivenciado, em nós acolhidos não penetra mais em nossa consciência. (NIETZSCHE, Genealogia da moral 2009a, II. p.43).

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