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quarta-feira, dezembro 29, 2010

A Águia e a Galinha Uma Metáfora da Condição Humana




Era uma vez um camponês que foi a floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Coloco-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
- De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu criei como galinha.
Ela não é mas uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
- Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar ás alturas. - Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia. Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: - já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou:
- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia.
E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.
O camponês sorriu e voltou à carga:
- Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
- Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma ultima vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergue-se, soberana, sobre se mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...

E Aggrey terminou conclamando:

- Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos . Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.

(Autor: Leonardo Boff)

( Co-autor: James Aggrey - Natural de GAMA, pequeno pais da África Ocidental.
Político que defendia a liberdade.

ÉTICA EPICURISTA



Chamamos ao prazer princípio e fim da vida feliz. Com efeito, sabemos que é o primeiro bem, o bem inato, e que dele derivamos toda a escolha ou recusa e chegamos a ele valorizando todo bem com critério do efeito que nos produz.
*
Nem a posse das riquezas nem a abundância das coisas nem a obtenção de cargos ou o poder produzem a felicidade e a bem-aventurança; produzem-na a ausência de dores, a moderação nos afetos e a disposição de espírito que se mantenha nos limites impostos pela natureza.
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A ausência de perturbação e de dor são prazeres estáveis; por seu turno, o gozo e a alegria são prazeres de movimento, pela sua vivacidade.
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Quando dizemos, então, que o prazer é fim, não queremos referir-nos aos prazeres dos intemperantes ou aos produzidos pela sensualidade, como crêem certos ignorantes, que se encontram em desacordo conosco ou não nos compreendem, mas ao prazer de nos acharmos livres de sofrimentos do corpo e de perturbações da alma.
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A imediata desaparição de uma grande dor é o que produz insuperável alegria: esta é a essência do bem, se o entendemos direito, e depois nos mantemos firmes e não giramos em vão falando do bem.
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E como o prazer é o primeiro e inato bem, é igualmente por este motivo que não escolhemos qualquer prazer; antes, pomos de lado muitos prazeres quando, como resultado deles, sofremos maiores pesares; e igualmente preferimos muitas dores aos prazeres quando, depois de longamente havermos suportado as dores, gozamos de prazeres maiores. Por conseguinte, cada um dos prazeres possui por natureza um bem próprio, mas não deve escolher-se cada um deles; do mesmo modo, cada dor é um mal, mas nem sempre se deve evitá-las. Convém, então, valorizar todas as coisas de acordo com a medida e o critério dos benefícios e dos prejuízos, pois que, segundo as ocasiões, o bem nos produz o mal e, em troca, o mal, o bem.
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Formula a seguinte interrogação a respeito de cada desejo: que me sucederá se se cumpre o que quer o meu desejo? Que me acontecerá se não se cumpre?
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Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros são naturais e não necessários; outros nem naturais nem necessários, mas nascidos apenas de uma vã opinião.
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Aqueles desejos que não trazem dor se não são satisfeitos não são necessários; o seu impulso pode ser facilmente posto de parte, quando é difícil obter a sua satisfação ou parecem trazer consigo algum prejuízo.
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Não deve supor-se antinatural que a alma ressoe com os gritos da carne. A voz da carne diz: não se deve sofrer a fome, a sede e o frio. E é difícil para a alma opor-se; antes, é perigoso para ela não escutar a prescrição da natureza, em virtude da sua exigência inata de bastar-se a si própria.
Realmente não sei conceber o bem, se suprimo os prazeres que se apercebem com o gosto, e suprimo os do amor, os do ouvido e os do canto, e ponho também de lado as emoções agradáveis causadas à vista pelas formas belas, ou os outros prazeres que nascem de qualquer outro sentido do homem. Não é também verdade que a alegria espiritual seja a única da ordem dos bens, porque sei também que a inteligência se alegra pelo seguinte: pela esperança de tudo aquilo que nomeei antes e em cujo gozo a natureza pode permanecer isenta de dor.
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Quando te angustias com as tuas angústias, te esqueces da natureza: a ti mesmo te impões infinitos desejos e temores.
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Então quem obedece à natureza e não às vãs opiniões a si próprio se basta em todos os casos. Com efeito, para o que é suficiente por natureza, toda a aquisição é riqueza, mas, por comparação com o infinito dos desejos, até a maior riqueza é pobreza.
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E consideramos um grande bem o bastar-se a si próprio, não com o fim de possuir sempre pouco, mas para nos contentarmos com pouco no caso em que não possuamos muito, legitimamente persuadidos de que desfrutam da abundância do modo mais agradável aqueles que menos necessidades têm, e que é fácil tudo o que a natureza quer e difícil o que é vaidade.
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Se queres enriquecer Pítocles, não lhe acrescentes riquezas: diminui-lhe os desejos.
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Encontro-me cheio de prazer corpóreo quando vivo a pão e água e cuspo sobre os prazeres da luxúria, não por si próprios, mas pelos inconvenientes que os acompanham.
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A quem não basta pouco, nada basta.
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Não deves corromper o bem presente com o desejo daquilo que não tens: antes, deves considerar também que aquilo que agora possuis se encontrava no número dos teus desejos.
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Quem menos sente a necessidade do amanhã mais alegremente se prepara para o amanhã.
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A vida do insensato é ingrata, encontra-se em constante agitação e está sempre dirigida para o futuro.
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Recordemos que o futuro não é nosso nem de todo não nosso, para não termos de esperá-lo como se estivesse para chegar, nem nos desesperarmos como se em absoluto não estivesse para vir.
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Cura as desgraças com a agradecida memória do bem perdido e com a convicção de que é impossível fazer que não exista aquilo que já aconteceu.
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Não são os convites e as festas contínuas, nem a posse de meninos ou de mulheres, nem de peixes, nem de todas as outras coisas que pode oferecer uma suntuosa mesa, que tornam agradável a vida, mas sim o sóbrio raciocínio que procura as causas de toda a escolha e de toda a repulsa e põe de lado as opiniões que motivam que a maior perturbação se apodere dos espíritos. De todas estas coisas, o princípio e o maior bem é a prudência, da qual nascem todas as outras virtudes; ela nos ensina que não é possível viver agradavelmente sem sabedoria, beleza e justiça, nem possuir sabedoria, beleza e justiça sem doçura. As virtudes encontram-se por sua natureza ligadas à vida feliz, e a vida feliz é inseparável delas.
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A justiça não tem existência por si própria, mas sempre se encontra nas relações recíprocas, em qualquer tempo e lugar em que exista um pacto de não produzir nem sofrer dano.
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Entre os animais que não puderam fazer pactos para não provocar nem sofrer danos, não existe justo nem injusto; e o mesmo sucede entre povos que não puderam ou não quiseram concluir pactos para não prejudicar nem ser prejudicados.
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Das normas prescritas como justas, o que é considerado útil nas necessidades da convivência recíproca tem o caráter do justo, embora no fim não seja igual para todos os casos. Se, pelo contrário, se estabelece uma lei que depois não se revela conforme a utilidade da convivência recíproca, então já não conserva o caráter do justo.
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O sábio não participará da vida pública se não sobrevier causa para tal.
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Da segurança, obtida até certo limite pelos homens, deriva, cheia de força e de puríssima facilidade de vida, a segurança da existência tranqüila e afastada da turba.
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Não realizes na tua vida nada que, se for conhecido por teu próximo, te possa acarretar temor.
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A serenidade espiritual é o fruto máximo da justiça.
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O justo é sumamente sereno, o injusto cheio da maior perturbação.
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Realizará o sábio coisas que a lei proíbe, sabendo que permanecerão ocultas? Não é fácil encontrar uma resposta absoluta.
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O homem que tenha alcançado o fim da espécie humana será honesto mesmo que ninguém se encontre presente.
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As leis existem para os sábios, não para impedir que cometam, mas para impedir que recebam injustiça.
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De todas as coisas que nos oferece a sabedoria para a felicidade de toda a vida, a maior é a aquisição da amizade.
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Toda amizade é desejável por si própria, mas inicia-se pela necessidade do que é útil.
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Não temos tanta necessidade da ajuda dos amigos como de confiança na sua ajuda.
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Não é amigo quem sempre busca a utilidade, nem quem jamais a relaciona com a amizade, porque um trafica para conseguir a recompensa pelo beneficio e o outro destrói a confiada esperança para o futuro.
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No que se refere à amizade, não há que apreciar nem os que estão sempre dispostos nem os que recuam, pois que por ela se devem afrontar os perigos.
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A natureza, única para todos os seres, não fez os homens nobres ou ignóbeis. mas sim as suas ações e as disposições de espírito.
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Devemos escolher um homem bom e tê-lo sempre diante dos olhos, para vivermos como se ele nos observasse e para fazermos tudo como se ele nos visse.
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Não é ao jovem que se deve considerar feliz e invejável, mas ao ancião que viveu uma bela vida, O jovem na flor da juventude é instável e é arrastado em todas as direções pela fortuna; pelo contrário, o velho ancorou na velhice como em um porto seguro e os bens que antes esperou cheio de ansiedade e de dúvida os possui agora cingidos com firme e agradecida lembrança.
*
Recorda-te de que, ainda que sejas de natureza mortal e com um limite finito de vida, te debruçaste, mediante a investigação da natureza, no que é infinito e eterno, e contemplaste o que é agora, será e sempre foi no tempo transcorrido.
*
O sábio que se pós à prova nas necessidades da vida, melhor sabe dar generosamente que receber: tão grande é o tesouro de íntima segurança e independência dos desejos que em si possui.
*
Ele prefere a sabedoria desafortunada à insensatez com fortuna, ainda que pense que o melhor de tudo é que nas ações o juízo sábio seja acompanhado da fortuna próspera.
*
Deus, ou quer impedir os males e não pode, ou pode e não quer, ou não quer nem pode, ou quer e pode. Se quer e não .pode, é impotente: o que é impossível em Deus. Se pode e não quer, é invejoso: o que, do mesmo modo, é contrário a Deus. Se nem quer nem pode, é invejoso e impotente: portanto, nem sequer é Deus. Se pode e quer, o que é a única coisa compatível com Deus. donde provém então a existência dos males? Por que razão é que não os impede?
Todo anseio de incômodo e de inquietação sobre a vida direciona o ser humano a questionamentos sobre si mesmo e sobre seu futuro.

terça-feira, dezembro 28, 2010

Oração do Educador

Obrigado, Senhor, por atribuir-me a missão de ensinar e por fazer de mim um professor no mundo da educação. Eu te agradeço pelo compromisso de formar tantas pessoas e te ofereço todos os meus dons. São grandes os desafios de cada dia, mas é gratificante ver os objetivos alcançados, na graça de servir, colaborar e ampliar os horizontes do conhecimento. Quero celebrar as minhas conquistas exaltando também o sofrimento que me fez crescer e evoluir. Quero renovar cada dia à coragem de sempre recomeçar. Senhor! Inspira-me na minha vocação de mestre e comunicador para melhor poder servir. Abençoa todos os que se empenham neste trabalho iluminando-lhes o caminho. Obrigado, meu Deus, pelo dom da vida e por fazer de mim um educador hoje e sempre. Amém!

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Nunca se protele o filosofar





Nunca se protele o filosofar quando se é jovem, nem canse o fazê-lo quando se é velho, pois que ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma. E quem diz que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou assemelha-se ao que diz que ainda não chegou ou já passou a hora de ser feliz.
Epicuro

BULLYING





Significado Do Termo
O vocábulo bullying é proveniente do verbo inglês bully significando empregar a superioridade física para intimidar alguém. A nomenclatura bullying tem sido adotada como denominação para explicar todo tipo de comportamento agressivo, cruel, intencional e repetitivo vinculado às relações interpessoais. As vítimas são os indivíduos considerados mais fracos e frágeis do grupo, quais são transformados em objeto de diversão e prazer por meio de brincadeiras intimidadoras. Essas “brincadeirinhas de mau-gosto” denominadas bullying, podem causar problemas muito sérios. Originam desta brincadeirinha problemas de aprendizagem até os sérios transtornos de comportamento responsáveis por depressão e até suicídios e homicídios entre estudantes.Conseqüências
As conseqüências do bullying são seriíssimas, pois as vitimas poderão padecer os efeitos do seu sofrimento em si mesmos por toda sua vida. Podem desenvolver atitude de insegurança e dificuldade de relacionamento tornando-se pessoas apáticas, retraídas e sem auto-estimaPode contrair o auto-conceito de inútil, descartável. Contrair neuroses, fobia social e, em casos mais graves, psicoses que, em razão dos maus-tratos sofridos, tendem à depressão, ao suicídio e ao homicídio seguido ou não de suicídio. Como já falado acima.

O Bullying Na Escola O Bullying está presente no ambiente escolar trazendo prejuízos as suas vitimas. A escola começa admitir que ela é um local passível de bullying entre alunos. Segundo Profª Amélia Hamze em seu texto abaixo descreve o bullying é uma prática comum entre alunos. Comenta ela: “Os alunos, com uma freqüência muito maior, estão mais envolvidos com o Bullying, tanto como autores quanto como alvos. Já entre as alunas, embora com menor freqüência, o BULLYING também ocorre e se distingue, principalmente, como método de exclusão ou difamação. Até um apelido pode causar desmoronamento na auto-estima de uma criança ou adolescente. Apesar de não sofrerem diretamente as agressões, poderão ficar aborrecidas com o que vêem e indecisas sobre o que fazer. Tudo isso pode influenciar de maneira negativa sobre sua competência de adiantar-se acadêmica e socialmente. O Bullying escolar é assim classificado: alvos de Bullying - são os alunos que só sofrem BULLYING; alvos/autores de Bullying - são os alunos que ora sofrem, ora praticam BULLYING; autores de Bullying - são os alunos que só praticam BULLYING; testemunhas de Bullying - são os alunos que não sofrem nem praticam Bullying, mas coexistem em um ambiente onde isso acontece.
Quando não há intervenções eficazes contra o BULLYING, o espaço escolar torna-se totalmente corrompido. Todas as crianças, são afetadas, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo. Os alunos que sofrem BULLYING, dependendo de suas características individuais e dos meios em que vivem principalmente os familiares, poderão não ultrapassar os traumas sofridos na escola. Poderão quando adultos apresentar sentimentos negativos, especialmente com baixa auto-estima, tornando-se indivíduos com sérios problemas de relacionamento. Poderão adquirir, também, um comportamento hostil.Fonte de referência: ABRAPIA Trabalho Docente - Educador - Brasil EscolaA Ação Do Bullying Entre AlunosJá que o Bullying é uma agressão, esse modo agressivo entre alunos assumem formas diversas que vai desde tapinhas na cabeça, empurrões, pontapés, palavras de mentiras para humilhar e colocar a vitima em situações constrangedoras, como o inventar apelidos humilhantes. Em meio a os meninos, o Bullying é feito na forma quase sempre de agressões físicas, agressão verbal e com apelidos.Já as meninas sofrem duas vezes mais de Bullying. Pois tanto os meninos podem hostilizá-las, como ás próprias meninas agressoras costumam inventar boatos mentirosos, ou ameaçarem a espalharem segredos para humilhar a vitima. De acordo com a psicóloga Mara Rabani, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), isso acontece devido ao próprio comportamento das meninas nessa idade. “Elas conversam mais, enquanto os meninos têm mais brincadeiras motoras. Com isso, elas identificam quem são as ‘líderes’ e os ‘patinhos feios’, e fazem mais chacotas”, diz. E, como nessa fase ainda é menina para um lado, menino para o outro, os alvos acabam sendo as outras colegas.O estudo também revelou que o tipo de bullying muda conforme a criança cresce. Varia de referências a características físicas (“orelhudo”, “barrigudo”, “quatro olhos”) a fofocas, chegando à exclusão social. Mara diz que o primeiro tipo é mais frequente entre os menores. E quando a exclusão se torna insuportável? Nesse caso, é comum a criança ter de mudar de escola. Os pesquisadores avaliaram que, entre os alunos entrevistados, 171 alunos foram para outro colégio, sendo que, destes, 9% podem ter sido vítimas de bullying. Verificou-se também que essas crianças tinham poucos amigos e estudavam em classes organizadas de maneira hierárquica.Revista crescerQue Medida Pode Escola Tomar?

Hoje esse é um desafio à escola, que em primeiro lugar, deve conscientizar-se de que esse problema já é considerado como de saúde pública. Para tanto, é necessário que professores quanto aos demais profissionais ligados a unidade escolar estejam a tentos a esse comportamento. De modo a atentam-se para esses sinais por mínimo que seja. Procurando neutralizar essas atitudes dos agressores, bem como auxiliar as vítimas, do Bullying.
Para tanto, é imprescindível adotar determinadas iniciativas preventivas do tipo: aumentar a supervisão na hora do recreio e intervalo; evitar em sala de aula menosprezo, apelidos, ou rejeição de alunos por qualquer que seja o motivo. Também pode promover debates de conscientização sobre as várias formas de violência, respeito mútuo e a afetividade tendo nas relações humanas.
Contudo tais temas precisam fazer parte do hábito escolar como ações não apenas conceituais. Mais como padrões éticos e morais por parte dos próprios educadores. De nada valerá falar sobre a não-violência, se os próprios profissionais em educação usam de atos agressivos, verbais ou não, contra seus alunos.
Características de bullying
Segundo Cleo Fante, no livro “Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz”, os atos de bullying entre alunos apresentam determinadas características comuns:

• Comportamentos deliberados e danosos, produzidos de forma repetitiva num período prolongado de tempo contra uma mesma vítima;
• Apresentam uma relação de desequilíbrio de poder, o que dificulta a defesa da vítima;
• Não há motivos evidentes;
• Acontece de forma direta, por meio de agressões físicas (bater, chutar, tomar pertences) e verbais (apelidar de maneira pejorativa e discriminatória, insultar, constranger);
• De forma indireta, caracteriza-se pela disseminação de rumores desagradáveis e desqualificantes, visando à discriminação e exclusão da vítima de seu grupo social.
Os protagonistas do bullying
A vítima pode ser classificada, segundo pesquisadores, em três tipos:

• Vítima típica: é pouco sociável, sofre repetidamente as conseqüências dos comportamentos agressivos de outros, possui aspecto físico frágil, coordenação motora deficiente, extrema sensibilidade, timidez, passividade, submissão, insegurança, baixa auto-estima, alguma dificuldade de aprendizado, ansiedade e aspectos depressivos. Sente dificuldade de impor-se ao grupo, tanto física quanto verbalmente.

• Vítima provocadora: refere-se àquela que atrai e provoca reações agressivas contra as quais não consegue lidar. Tenta brigar ou responder quando é atacada ou insultada, mas não obtém bons resultados. Pode ser hiperativa, inquieta, dispersiva e ofensora. É, de modo geral, tola, imatura, de costumes irritantes e quase sempre é responsável por causar tensões no ambiente em que se encontra.

• Vítima agressora: reproduz os maus-tratos sofridos. Como forma de compensação procura uma outra vítima mais frágil e comete contra esta todas as agressões sofridas na escola, ou em casa, transformando o bullying em um ciclo vicioso.

O agressor pode ser de ambos os sexos. Tem caráter violento e perverso, com poder de liderança, obtido por meio da força e da agressividade. Age sozinho ou em grupo. Geralmente é oriundo de família desestruturada, em que há parcial ou total ausência de afetividade. Apresenta aversão às normas; não aceita ser contrariado, geralmente está envolvido em atos de pequenos delitos, como roubo e/ou vandalismo. Seu desempenho escolar é deficitário, mas isso não configura uma dificuldade de aprendizagem, já que muitos apresentam nas séries iniciais rendimento normal ou acima da média.

Espectadores são alunos que adotam a “lei do silêncio”. Testemunham a tudo, mas não tomam partido, nem saem em defesa do agredido por medo de serem a próxima vítima. Também nesse grupo estão alguns alunos que não participam dos ataques, mas manifestam apoio ao agressor.
Como identificar os envolvidos?
De acordo com as indicações de Dan Olweus, psicólogo norueguês da Universidade de Bergen e importante pesquisador sobre o assunto, para que uma criança ou adolescente seja identificado como vítima ou agressor, pais e professores precisam ter atenção se o mesmo apresenta alguns comportamentos:

VÍTIMA

Na escola
• Durante o recreio está freqüentemente isolado e separado do grupo, ou procura ficar próximo do professor ou de algum adulto;
• Na sala de aula tem dificuldade em falar diante dos demais, mostrando-se inseguro ou ansioso;
• Nos jogos em equipe é o último a ser escolhido;
• Apresenta-se comumente com aspecto contrariado, triste, deprimido ou aflito;
• Desleixo gradual nas tarefas escolares;
• Apresenta ocasionalmente contusões, feridas, cortes, arranhões ou a roupa rasgada, de forma não-natural;
• Falta às aulas com certa freqüência;
• Perde constantemente os seus pertences.

Em casa
• Apresenta, com freqüência, dores de cabeça, pouco apetite, dor de estômago, tonturas, sobretudo de manhã;
• Muda o humor de maneira inesperada, apresentando explosões de irritação;
• Regressa da escola com as roupas rasgada ou sujas e com o material escolar danificado;
• Desleixo gradual nas tarefas escolares;
• Apresenta aspecto contrariado, triste deprimido, aflito ou infeliz;
• Apresenta contusões, feridas, cortes, arranhões ou estragos na roupa;
• Apresenta desculpas para faltar às aulas;
• Raramente possui amigos, ou se possui, são poucos os que compartilham seu tempo livre;
• Pede dinheiro extra à família ou furta;
• Apresenta gastos altos na cantina da escola.

AGRESSOR

Na escola
• Faz brincadeira ou gozações, além de rir de modo desdenhoso e hostil;
• Coloca apelidos ou chama pelo nome e sobrenome dos colegas, de forma malsoante;
• Insulta, menospreza, ridiculariza, difama;
• Faz ameaças, dá ordens, domina e subjuga;
• Incomoda, intimida, empurra, picha, bate, dá socos, pontapés, beliscões, puxa os cabelos, envolve-se em discussões e desentendimentos;
• Pega materiais escolares, dinheiro, lanches e outros pertences dos outros colegas, sem consentimento.

Em casa
• Regressa da escola com as roupas amarrotadas e com ar de superioridade;
• Apresenta atitude hostil, desafiante e agressiva com pais e irmãos, chegando a ponto de atemorizá-los sem levar em conta a idade ou a diferença de força física;
• É habilidoso para sair-se bem em “situações difíceis”;
• Exterioriza ou tenta exteriorizar sua autoridade sobre alguém;
• Porta objetos ou dinheiro sem justificar sua origem.
Bibliografia indicada
CONSTANTINI, Alessandro. Bullying, como combatê-lo? : prevenir e enfrentar a violência entre jovens. SP: Itália Nova editora, 2004.
CURY, A. J. Pais brilhantes, professores fascinantes. RJ: Sextante, 2003.
FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2. ed. rev. Campinas, SP: Verus editora, 2005.
TIBA, Içami. Quem ama, educa! SP: Gente, 2002. Copyright André Assis. Todos os direitos reservados.

Sorriso Sincero

Dizem que um sorriso sincero é capaz de derreter até o mais duro dos corações. E é verdade. Uma pessoa sorridente ilumina um ambiente e irradia felicidade. E mais: o riso compartilhado aproxima as pessoas e aumenta o contentamento e a intimidade. Então, está esperando o que para começar a sorrir?
Sim, isto mesmo, sorria mesmo que você não esteja no melhor dos dias. Estudos sugerem que sorrir influencia positivamente seu humor. E também ajuda você a manter-se positivo. Experimente, por exemplo, sustentar o sorriso enquanto pensa em algo negativo. É muito difícil. Enquanto sorrimos, estamos enviando uma mensagem para nós mesmos de que a vida é bela !

Nunca Ter medo de Ser Original

Cada homem deve idealizar o seu caminho.

. Não devemos pensar o pensamento pensado e sim construir o nosso pensamento pensante. Mesmo que nos achem tolos, devemos ser originais. Por isso eu assumo minha originalidade pensante. Essa é minha homenagem a Giordano bruno o pensador livre, injustiçado em seu tempo. Copyright André Assis. Todos os direitos reservados.

Ser Professor


hoje é viver e trabalhar a consciência a sensibilidade e a realidade de integração de nossos alunos com o hoje e futuro deles. Os professores, no ato da educação libertadora, não só transformam as informações em consciência crítica, mas também formam pessoas com mais humanidade e sensibilidade da própria vida e á partir do ato de pensar por eles mesmos. Educar é um ato de construção do caráter e do interior humano. Sou grato a Deus, por essa oportunidade de trabalhar o caminho da transformação humana dos nossos jovens pelo benefício da educação. A construção da educação em nossos jovens é um processo de edificação do interior de cada um deles, como pessoas de inteira dignidade. Copyright André Assis. Todos os direitos reservados.

domingo, dezembro 26, 2010

Quem Sou Eu, de Afonso Martins






Não posso falar quem sou usando apenas uma palavra
Nem mesmo uma única frase
As palavras que expressam quem sou não cabem neste espaço
Não sou nada
Mas ao mesmo tempo um monte de coisas.
Sou um pouco de alegria misturado com tristezas
Sou um pouco de dor
Um pouco de solidão
Sou um pouco do que os meus amigos me ensinaram a ser
O pouco do que o meus inimigos me fizeram aprender
Um pouco da minha família
Um pouco de religião
Ódio
Amor
Paixão
Sou um pedaço de mágoa e uma medida de perdão
Sou uma pessoa comum
Como qualquer outra
Simples
Porém com porções diferentes
Mostro meu sorriso quando é preciso sorrir
Mas...
Também choro nos momentos em que precisar.

Pequeno Príncipe

No Pequeno Príncipe de Autoria de ANTOINE DE SAINT- EXUPÉRY (1900-1944)

------Concentro-me no fato de que é uma literatura magnífica, uma fabula. Um homem perdido num deserto [Exupéry] encontra um pequeno menino de cabelos dourados que, por um exercício misterioso de profunda inocência e bondade, faz (desse homem Exupéry) rever sua própria infância. O príncipe dialoga com Um homem solitário que se reencontra consigo mesmo, na sua pureza original de menino. Num lugar ermo da Terra. Sabemos que o lugar existe (o Saara), mas não como está no livro. Ali é um deserto imaginário, a raposa, as rosas e a serpente, um poço de água fresca com balde e roldanas; um deserto transformado numa espécie de paraíso pela presença do pequeno menino que veio de outro planeta. Naquele pequeno jovem, Exupéry vê o reflexo de si mesmo - e de todos os homens( seres humanos) que um dia foi pequenos príncipes em seus minúsculos e breves domínios. Que jamais os meninos (infância) dourados de dentro da gente morram Que a inocência, a pureza e amor, permaneçam em nossas vidas e com atitude profunda sensibilidade ante o deserto (mundo caótico).

WAKAN TANKA..."- ORAÇÃO DA TRIBO SIOUX ...



Ó Grande Espírito, cuja voz ouço nos ventos, cujo sopro anima o mundo, ouça-me.

Sou pequeno e fraco, preciso de sua força e sabedoria.

Permita que eu caminhe na Beleza, e faça que meus olhos contemplem para sempre o vermelho e a púrpura do sol poente.

Faça com que minhas mãos respeitem todas as coisas que o Senhor criou.

Faça meus ouvidos aguçados para que eu ouça a sua voz.

Faça-me sábio para que eu possa entender tudo aquilo que o Senhor ensinou ao seu povo.

Permita que eu apreenda os ensinamentos que o Senhor escondeu em cada folha, em cada pedra.

Busco força, não para ser maior do que meu amigo, mas para lutar contra meu maior inimigo – eu mesmo.

Permita que eu esteja sempre pronto para ir até o Senhor de mãos limpas e olhar firme.

Assim, quando a minha vida estiver no ocaso, como o sol poente, que meu Espírito possa ir à sua presença, sem nenhuma vergonha.