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terça-feira, março 04, 2014

Filosofia e Ciência

I. Filosofia: Introdução_____________ A contemporaneidade se mostra em um momento onde o pensamento é produzido e engajado para a produção de vários seguimentos do conhecimento e desenvolvimento cientifico tecnológico. Isto se deve ao fato de este tipo de conhecimento ser capaz de proporcionar respostas aparentemente concretas, incontestáveis, proporcionando assim, uma medida de confiança sobre a verdade do conhecimento e para o conhecimento. Sucede-se que, a filosofia não traz essa certeza sobre a verdade, não postula-se com status de solucionar problemas de forma a torná-los incontestáveis. Pelo contrário, importa muito pouco a filosofia solucionar problemas... O fato é que a filosofia trabalha questionamentos e instiga o filosofo a buscar um posicionamento, dentro do conhecimento, sendo que esse conhecimento está sempre em franco desenvolvimento, ou seja, está sempre evoluindo e despertando o filosofo a conceitos que antes não havia percebido. Em razão da mutabilidade das respostas que a filosofia apresenta, acaba-se por acreditar que o pensamento filosófico possui menor importância que o conhecimento técnico-científico. A filosofia surgi a partir do momento em que o homem passou admirar o mundo e em pensá-lo buscando respostas para suas indagações a partir do uso do pensamento racional, não aceitando então, explicações meramente religiosas ou baseando-se na narração mitológica. O filósofo é aquele que surgiu com o intento de questionar as coisas, e de duvidar do sentido da verdade.A investigação é sua praxis, pois só a partir da investigação curiosa pode-se aproximar da verdade. Para se chegar ao conceito de o que seria a Filosofia, é necessário observar que a resposta para essa questão não é encontrada apenas nos conceitos antigos e pré-estabelecidos do que seria a filosofia, mas sim na atitude de filosofar sobre a filosofia, ou seja, questionar o que é filosofia, debater seu significado, importância e buscar suas conclusões.______________ Atributos pertencentes à filosofia quais evidenciam que esta seja visivelmente distinguida da ciência. _____________ O primeiro atributo é a refletividade, que é a característica da filosofia ser também objeto dela mesma, pois ao mesmo tempo em que esta é técnica, ela é o objeto de estudo. O segundo atributo é a circularidade, este decorre um pouco da refletividade, pois a filosofia não possui um progresso retilíneo, muito pelo contrário o progresso é circular, pois os questionamentos que foram debatidos no passado podem ser debatidos novamente na busca de outro sentido para verdade daquilo que se discuti. Exatamente devido a isto que a filosofia antiga não é completamente descartada, pois sempre pode-se chegar a novas conclusões e conhecimentos a partir de indagações filosofadas no passado. A filosofia não fecha questão ela é instrumental , pois ela mesma funciona como instrumento de suas questões, o que conseqüentemente faz com que a mesma não seja possivelmente solucionada nem concluída, ela possibilita ir além das veracidades prontas e acabadas. Sua disposição é ir além das certezas compartilhadas por todos e busca questões que problematizem e duvidem dessas certezas tidas como legitimas . Devido a essa condição da filosofia de possuir uma circularidade inacabada na sua forma de pensar, que esta foi parcialmente posta de lado pela sociedade moderna, pois para muitos não há um ponto de chegada alcançável através da filosofia, desta forma, a produção filosófica na atualidade é bastante escassa o que é um grande equivoco. Filosofar é exatamente isso, questionar, e duvidar das certezas. A filosofia possui sua importância baseada exatamente na busca por novas respostas e em um novo modo de pensar a realidade do mundo em que vivemos. 2. CIÊNCIA: Breve Conceituação______________ Conceituar o que é ciência não é tarefa tão simples. Contudo, direi que: “A ciência extraísse por método de evidências de experimentação, inferência lógica, pensamento racional com a objetivação de examinar a natureza dos objetos e alcança uma finalidade. Por meio de evidências de experimentação, dedução lógica, e pensamento racional alinhasse a finalidade da análise da natureza dos objetos e os elementos examinados. Em fazer tais observações dos objetos e seus confins, a ciência procura explicar os conceitos que estão envolvidos na natureza dos objetos em concluir ou não o experimento cientifico. Teoricamente Ciência é: A exposição de conhecimentos ou princípios que compreendem certas verdades no campo da verificação ou a operação de leis que levam a verdade do conhecimento do objeto, sobretudo obtidas por exames através de métodos de investigação e processo empírico. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes leis e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. Para Popper se a ciência apenas estiver baseada na observação e teoria, só se pode extrair conclusões sobre o que foi observado; nesse caso, nunca sobre o que não foi observado. É aquele exemplo clássico do cisne: “Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam”. (Karl Popper, História da ciência: falseabilidade e limites da ciência, citação no artigo Falseabilidade e limites da ciência página 3 Pedagogia & Comunicação). Assim sendo, toda e qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Para Karl Popper, "Teoria científica" é o conjunto indissociável dos dois subconjuntos: o subconjunto de fatos naturais, evidências necessariamente verificáveis, mas, ao contrário do que muitos pensam, não obrigatoriamente reprodutíveis, e um subconjunto de hipóteses científicas adequadas à descrição destes fatos, de idéias necessariamente falseáveis, testáveis (e testadas) frente às evidências e que, junto àquele, dão corpo ao conceito de teoria científica”. 1 O método científico - Pode ser definida como a observação, a formulação de uma hipótese, a experimentação, a interpretação dos resultados e, por fim, a conclusão. Nesse processo está presente esse conjunto de regras básicas empregadas em uma investigação científica com a finalidade de se obter os resultados mais confiáveis quanto for possível. Ciência moderna - O renascimento suscita um novo método de investigação, o empirismo e a experimentação sistemática, que é uma das bases das ciências naturais modernas. Conhecer algo a respeito da natureza não se restringe ao exercício da mera reflexão; ela se faz a partir da realidade observada e constatada. Paradigma Científico – É um modelo a ser seguido, com conhecimentos que sirvam de base para a realização e viabilidade científica com métodos e valores a serem usados em outras pesquisas e estudos. Thomas Kuhn compreendeu que os paradigmas são subsídios fundamentais do método científico, sendo os momentos de mudança de paradigmas chamados por ele de revoluções científicas. O método científico é estabelecido de modo que “a ciência e suas teorias evoluam com o tempo”. “A noção de paradigma é normalmente utilizada para estabelecer uma diferenciação entre dois momentos ou dois níveis do processo de conhecimento científico”. 2
2.1- MÉTODOS, Objeto, Objetivos e Finalidade._______________ Metodologia científica: Sãos as maneiras utilizadas de estudos e os procedimentos empregados em cada área particular, do conhecimento cientifico e em sua forma geral, que se supõe o conhecimento universal da área de pesquisa. Os procedimentos quanto ao método mudam de uma área científica para outra diferenciando assim, os objetos de estudo de modo distinto. Sendo assim, certos elementos de pesquisa bem coma as suas formas se diferenciam quanto ao método científico empregado. O método científico. Nesse processo metodológico verifica-se um conjunto de leis básicas de como se deve proceder com o objetivo de produzir o conhecimento científico. Na verificação desse conhecimento recorram-se as observações sistemáticas e analíticas com o uso básico da lógica. Existe a teoria de que o método científico nada mais é do que a lógica aplicada à ciência. Método indutivo. Se afirma no raciocínio lógico qual, depois de levar em conta uns consideráveis números de casos particulares, conclui uma verdade geral. O Método dedutivo origina da experiência sensível, da obtenção dos dados particulares. “O Círculo de Viena acrescentou a esses princípios a necessidade de verificação e o método indutivo. Karl Popper demonstrou que nem a verificação nem a indução sozinhas serviam ao propósito em questão - o de compreender a realidade conforme esta é e não conforme gostaria-se que fosse - pois o cientista deve trabalhar com o falseamento, ou seja, deve fazer uma hipótese e testar suas hipóteses procurando não apenas evidências de que ela está certa, mas, sobretudo evidências de que ela está errada. Se a hipótese não resistir ao teste, diz-se que ela foi falseada. Caso não, diz-se que foi corroborada. Popper afirmou também que a ciência é um conhecimento provisório, que funciona através de sucessivos falseamentos. Nunca se prova uma teoria científica”. 3 Os objetos: São específicos, acessíveis dentro do espaço e tempo, como os fenômenos físicos e químicos, aspectos biológicos e psicológicos, a vida em sociedade, a cultura, a história; além das ciências formais (a matemática e a lógica). Objetivo cientifico: é a constatação de que o objeto pesquisado tem sua veracidade particular ou universal e a objetividade do conhecimento cientifico adquirido, atesta sua credibilidade por meio dos métodos empregados. A finalidade da ciência: é manifestar descrever, explicar, a evidência dos fatos objetos pesquisados. Resulta por via experimental, indutiva, objetiva; suas demonstrações consistem na apresentação das causas determinantes ou constitutivas das realidades experimentalmente controladas. Seu resultado final não pode ser descrito como verdade ultima, mas tão-somente à evidência dos fatos. 2.2 LEIS, Teorias, Hipótese Senso Comum__________________ As leis da ciência são: Estatutos que explicam as várias leis científicas estabelecidas. São consideradas "premissas" universais do mundo físico. Entretanto, as leis da ciência podem ser contestadas se entrarem em contradição com novos fatos científicos ou com novas evidências. Uma "lei" difere de hipótese, teoria, postulado, ou princípio, no sentido de que uma lei é uma afirmação analítica. Uma teoria pode dominar uma série de leis ou uma teoria pode resultar de uma determinada lei empírica. Teoria- A palavra teoria apresenta diferentes significados nas distintas correntes do conhecimento, dependendo das metodologias e do contexto. Na linguagem comum, as pessoas usam comumente a palavra teoria para significar uma posição, uma suspeita ou uma especulação. Uma teoria não é necessariamente baseada em fatos; ou seja, não se exige ser consistentes com as verdadeiras descrições da realidade. As verdadeiras descrições da realidade são consensualmente entendidas como afirmações cuja veracidade independe do que as pessoas pensam sobre elas. Nesse uso, teoria é sinônimo de hipótese. Hipótese - Uma hipótese reúne um número considerável de evidências, obtidas na pesquisa, no que diz respeito à informações e dados obtidos, posto que os resultados ainda não sejam confirmadas. “Uma hipótese pode ser uma previsão de que deve ser verificada pelo método científico. Uma hipótese depende da extensão em que a evidência confirma a declaração na hipótese. É o que é conhecido como uma avaliação empírico da hipótese ou validação da hipótese. Nesse caso; Hipóteses são idéias que tentam explicar um fato observável; Teorias são hipóteses que passaram pelo processo de averiguação de suas previsões: Leis são hipóteses que explicam eventos que ocorrem com regularidade” (Inês L. Araújo -Filosofia da ciência 2009 ) O senso comum: é visto como a compreensão de um saber empírico aplicado por métodos e costumes, corriqueiros “sem a pretensão de ser completo, de validar ou testar; ante duas ou mais possibilidades, escolhe a que já deu certo (isso não invalida ou dispensa o senso comum; muitas vezes é ele que apresenta as questões que a ciência irá explicar)”. 4 O senso comum descreve as crenças e proposições que aparecem como normal, sem depender de uma investigação detalhada para alcançar verdades mais profundas como as científicas. Ou seja, é aquilo que todos pensam, é o pensamento geral de um determinado grupo, algo que se pensa porque todos pensam sem precisar que você tire suas próprias conclusões. 3. A CIÊNCIA e a Sociedade___________________ Inegável é o fato de que a ciência é um fator cultural, resultado da relação do homem com a técnica e sua capacidade intelectual, que lhe proporciona produzir, elaborar condições, meios e recursos que lhe tragam comodidade, facilitação e solução de problemas frente às exigências de sua existência. Essa capacidade intelectual o homem desenvolveu a linguagem, símbolos, ferramentas, instrumentos técnicas que facilitem sua vida social. A contribuição cientifica revolucionou o mundo no sentido de seus benefícios, portanto, da ciência é um bem social no sentido positivo produtivo. Além de que sua prática é contínua crescente, criadora e inovadora. Contudo possui imperativos ilimitados, ao contrário do que achava John Horgan (escreveu, em 1996, um livro com o título sugestivo de "O Fim da Ciência”. “A ciência, os valores, os comportamentos, estilos de vida, culturas, filosofia, arte e moral estão sempre em relação uns com os outros. A ciência é racional não porque chega à verdade dos fatos, mas porque é um empreendimento sujeito à correção. Os paradigmas se transformam, as fronteiras entre as ciências e as demais atividades se diluem, há colaboração permanente entre as especialidades, o avanço tecnológico acelera as pesquisas. A ciência é objeto de avaliação e discussão permanentes, mas para tal ela deve dar publicidade tanto aos procedimentos internos (aquilo que é produzido em laboratórios e está sendo experimentado), quanto dos fins externos (dos projetos, das técnicas empregadas, dos resultados tecnológicos)”. 5 Sendo assim, a ciência implanta um método de vida social que é necessário a vida humana. Uma vez que está presente no cotidiano do homem contemporâneo, sua ausência, precariedade ou até sua inexistência; traria um colapso social com prejuízos fatais.
3.1 Ciência e política: A "revolução industrial" impôs seus fundamentos ao progresso da ciência moderna, permitindo a intensificação da produção e aceleração econômica e com isso o crescimento demográfico; impôs ao estado a pensar em formas de organização socioeconômica, que melhor atenda o processo socioeconômico. O estado político se vê na necessidade de associar a ciência e política. As relações entre a ciência moderna e a política. Historicamente a ciência moderna nasce ligada ao capitalismo, pretendendo-se impor como saber hegemônico, livre de valores e baseada em quantificações. Na presente fase neoliberal do capitalismo, na qual defini a tendência a transformar tudo em mercadoria, a ciência vem sendo mercantilizada e as condições de trabalho dos pesquisadores vem sendo degradadas. Por outro lado, a Educação publica que é mantida pelo estado e por diretrizes políticas ganha relevantes contribuições cientificas, cujos resultados permitem grandes avanços no campo da educação que em séculos passados eram impossíveis. No campo da pesquisa cientifica tanto na educação como na medicina, a relação com a política ainda se é esperado mais. 3.2 Ciências e meio ambiente: A ciência e a tecnologia estão a serviço da sustentabilidade o resultado são soluções ecológicas para problemas simples do cotidiano. A ciência moderna tem sua relevância fundamental para aperfeiçoar e utilizar suas novas tecnologias em favor do meio ambiente. Conhecimentos científicos são empregados de modo crescente e inovador a favor do meio ambiente. Desde ferramentas na indicação dos melhores solos para agricultura. Até a criação microrganismos que atuam de modo incremental no combate a pragas. A ciência na área ambiental tem propiciado produções de serviços ambientais por ecossistemas naturais, o que resulta numa ampliação inteligente, econômica e não obstrutiva para a agricultura das áreas de conservação da biodiversidade. _____________<b>Conclusão>_________________ A ciência apresente-se como um princípio de conhecimentos que abrange verdades gerais ou ainda a constatação de leis gerais, sobretudo obtidas e testadas por meio do método científico. A filosofia articula a racionalidade, refletindo, utiliza-se das argumentações lógicas, investigando e analisando as questões inquietantes que são constitucionais à existência. Propõe uma mova forma de rever os conceitos, buscando reflexões que vão além das certezas compartilhadas por todos. Propondo uma nova forma de pensar, fora do senso comum e sugere novos conceitos que vão além das verdades prontas. Sua função não é fechar questão com nada nem propor a verdade absoluta das coisas e dos objetos que reflete. A filosofia se distingue das verificações científicas exatamente por se opor ao método do empirismo que esta usa em suas investigações, para assumir a condição de verdade em seus exames.________________ Bibliografia ________________________ (1) Popper, Karl. (1996). A Lógica da Pesquisa Científica. SP. Ed. Cultrix. P.33 (2) Kuhn, 1989; Capra, 1982 (3) Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. (4) Resumo professor Siqueira Gomes Eduardo -Introdução à Filosofia – S. Castro. Rio de Janeiro, 2008, Editora Vozes. Capítulo 8 - (5) Op cit idem ibidem. _______________________________________________________________________________________ Copyright André Assis Todos os direitos reservados

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