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sexta-feira, dezembro 27, 2013
O Espanto Na filosofia
Em Labirintos Do Pensamentos exponho breves ensaios Hermenêuticos, Filosóficos e Lacônicas Reflexões e outros textos de não minha autoria estarão enriquecendo nosso Blog. Bom Proveito a Todos .
segunda-feira, julho 15, 2013
A esperança é muito mais estimulante que a sorte. - Nietzsche-
. _______________Copyright André Assis. Todos os direitos reservados...
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domingo, julho 14, 2013
A Rebelião das Massas - José Ortega Y Gasset - Breve Resenha .
"A Rebelião das Massas", obra prima de José Ortega y Gasset, O filósofo espanhol José Ortega y Gasset (1883-1955) escreveu os artigos que vieram a compor a obra A Rebelião das massas em outubro de 1929 no diário El Sol de Madri. O livro foi editado em 1930. O livro está disposto em duas partes: a) A Rebelião das massas; e b) Quem manda no mundo? Cada parte subdivide-se nos artigos que Gasset, expõe seus conceitos filosóficos e sociológicos.
___________________________________________A Rebelião das Massas -
A capacidade de análise e visão do futuro; ainda na década de 1927, com a Europa à beira de uma guerra total, que um dia ela estaria unida em uma entidade ultra-nacional. Em segundo lugar pela atualidade de seu texto, a leitura que faz do mundo de sua época é o mesmo dos dias de hoje, o que mostra que nos estamos mesmos dilemas apontados por ele há 86 anos. Sua obra ainda atual, e até mesmo aprofundada.
Não se trata uma abordagem de política, mas de algo muito mais profundo que a precede, a própria organização social da humanidade. Foi um visionário, previu a União Européia, a explosão da violência, o consumismo, a ditadura da legalidade, o caos da descolonização.
Critica a homogeneidade que começava a tomar conta do continente europeu e apresenta a primeira definição do homem-massa:
Gasset nos apresenta o homem que passou a dominar o mundo a partir do início do século XX, o homem-massa. Não se pode entender este homem como um operário, com o trabalhador; o homem-massa está entre os intelectuais, na elite econômica, entre os mais ricos, entre os mais pobres. Não se trata de uma classe, mas uma forma de viver o mundo que lhe é peculiar.
“É o homem previamente esvaziado de sua própria história, sem entranhas de passado e, por isso mesmo, dócil a todas as disciplinas chamadas “internacionais” (…) só tem apetites, pensa que só têm direitos e não acha que tem obrigações: é um homem sem obrigações de nobreza.”
Fala em homem, natureza, histórica, sociedade, indivíduo, coletividade, Estado, uso, direito. “A política priva o homem da solidão e da intimidade, e por isso a pregação do politicismo integral é uma das técnicas usadas para socializá-lo”.
Condena as tentativas de reformar o mundo pelas revoluções; estas rompem violentamente com a tradição sem superá-la, fadando-as ao fracasso e à violência. O que distingue o homem do animal é sua capacidade de reter memória, “romper a continuidade com o passado é querer começar de novo, é aspirar a descer e plagiar o orangotango.”
Nesta constatação a primeira característica do homem-massa: ele não atribui a si mesmo um valor, mas se sente o próprio VALOR “como todo mundo”; não se angustia com isso, sente-se bem por ser idêntico aos demais. Distingue-se da minoria; esta exige mais de si mesma, acumula dificuldades e deveres. Em toda classe social há uma massa e uma minoria. “A característica do momento é que a alma vulgar, sabendo que é vulgar, tem a coragem de afirmar o direito da vulgaridade e o impõe em toda parte.”
SUBIDA DO NÍVEL HISTÓRICO E CRESCIMENTO DA VIDA
“A vida média se desenvolve hoje numa altura superior à que se encontrava ontem”.
O século XIX deixou como herança uma transformação na sociedade com a rapidez cada vez maior do avanço técnico-científico. Uma das conseqüências foi que o homem médio passou a ter acesso a condições e instrumentos inventados por homens especiais para homens especiais. Desta forma as massas emergiram para o primeiro plano da história. Gasset defende uma interpretação radical da aristocracia, afirma que a sociedade humana é sempre aristocrática por sua própria essência, “a ponto de ser sociedade na medida em que é aristocrática, e deixar de sê-lo na media que se desaristocratiza.”
Vive-se então, em uma época em que se sente que a vida é mais vida do que todas as épocas anteriores, por isso o homem atual perdeu todo respeito e atenção com o passado. A imagem que Gasset faz do crescimento da vida mais do que atual: “o conteúdo da vida do homem médio de hoje é todo o planeta; que cada indivíduo vive habitualmente todo o mundo (…) cada pedaço de terra já não está confinado o seu lugar geométrico, mas atua nos outros lugares do planeta para efeitos vitais.” É bom lembrar que na época nem se imaginava a transmissão de dados via satélite ou a internet.
Antecipou até o consumismo: “Não é fácil imaginar, desejar, um objeto que não exista no mercado, e vice-versa: não é possível que um homem possa imaginar e desejar tudo que se acha à venda.”
O HOMEM-MASSA
Feitas as considerações sobre a vida de sua época, Gasset começa a apresentar o homem-massa:
1. Este homem não encontra mais nenhuma barreira social e aprende que todos os homens são legalmente iguais. A vida para o homem das épocas passadas era limitação, obrigações, dependência. Para o homem-massa é ilimitada; “Futiga seus apetites que, em princípio, podem crescer indefinidamente (….) não se preocupa com nada além de seu bem-estar”.
2. Não reconhece nenhuma instância fora dele, está satisfeito do jeito que é. “Ingenuamente, sem ser arrogante, como a coisa mais natural do mundo, tenderá a afirmar e qualificar como bom tudo o que tem em si: opiniões, apetites, preferências ou gostos”. Está encantado consigo mesmo. O homem excelente possui uma intima necessidade de apelar para uma norma além dele, superior a ele, a cujo serviço se coloca espontaneamente, exige de muito de si mesmo enquanto que o homem vulgar não exige nada.
3. As massas intervêm em tudo, e só o fazem violentamente. Julgam-se no direito de ter opiniões sobre os mais diversos assuntos, mas sem terem feito um esforço prévio para forjá-las. Possuem um grupo de idéias dentro de si, contenta-se com elas considera-se intelectualmente completa. Não admite nada além desse repertório que formou. “Não é que o vulgo pense que é excepcional e não vulgar, mas sim que o vulgar proclama e impões o direito da vulgaridade, ou a vulgaridade como um direito”. Surge um novo tipo de homem, o que não quer dar razão nem quer ter razão, mas que se mostra decidido a impor suas opiniões, é o direito a não ter razão. Possui idéias, mas é incapaz de formá-las. A forma de atuar é a ação direta, inverte a ordem e proclama a violência com a primeira razão. Não deseja a convivência com o que não é como ela. “Odeia mortalmente o que não é ela”.
4. Vive num mundo de extraordinário avanço científico e tecnológico, no entanto cada vez o homem se interessa menos pelos princípios da ciência. “O mundo é civilizado, mas seu habitante não o é: nem sequer vê a civilização nele, mas a utiliza como se fosse à natureza”.
5. “O homem-massa acha que a civilização em que nasceu e que usa é tão espontânea eprimigênia como a Natureza (…). Os valores fundamentais da cultura não o interessam, não são sensíveis a eles, não está disposto a colocar-se a seu serviço”. O mundo se tornou mais difícil e complexo e cada vez é menor o número de pessoas à altura desses problemas. Há algumas cabeças capazes, mas o homem-massa não quer pô-las sobre os ombros. O homem fracassa por não conseguir acompanhar o progresso de sua própria civilização. Um das coisas mais notáveis é que as pessoas “cultas” de hoje serem de uma ignorância histórica incrível, ao mesmo tempo em que a história avançou com ciência, perdeu-se como cultura.
6.
O homem vulgar é definido como sendo aquele não impõe sobre si próprio nenhum esforço voltado à busca da perfeição, pois já se sente satisfeito consigo mesmo, sendo ainda altamente suscetível à despersonalização e à aderência à onda do momento e ao grupo dos ‘homens-massa’. O homem excelente, ao contrário, impõe enorme demandas a si próprio incluindo tarefas difíceis e árduas responsabilidades. O aumento dos movimentos de massa do início do século vinte criou uma peculiar conjuntura social na qual a proporção de homens excelentes diminuía à medida que proporção de homens vulgares aumentava. É o olhar a estrutura psicológica deste homem massa do seguinte modo: Que a vida para ele se apresenta com uma impressão radical que e fácil; abastada sem limitações, isto é cada individuo médio repousa numa sensação de domínio e triunfo; afirma-se como moral e intelectualmente bom e completo, fechando-se a qualquer instância superior; e intervirá em tudo, impondo sua opinião vulgar, sem considerações, contemplações, nem reservas ;quer dizer , segundo seu regime de ação direta. Comporta-se como uma “criança mimada”, pensa que pode se comportar em qualquer lugar como em sua casa. Caracteriza-se por saber que certas coisas não podem ser e, apesar disso, e por isso mesmo, fingem uma convicção contrária com seus atos e palavras. É o que chamou de “mocinho satisfeito”.
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domingo, julho 07, 2013
Breve Síntese do Conflito Racionalismo x Empirismo
Racionalismo: ___Compartilham a visão de que há o conhecimento inato, diferem em que eles escolhem diferentes objetos de conhecimento inato. Platão é um racionalista, porque ele acha que não temos conhecimento inato das Formas [objetos e conceitos matemáticos (triângulos, igualdade, grandeza), os conceitos morais bondade, beleza, virtude. Já Descartes pensa que a ideia de Deus, ou perfeição e infinito, e o conhecimento é próprio da existência e inato. Leibniz, Articula que os princípios lógicos são inatos. Para o racionalismo a razão é o fundamento do conhecimento. O conhecimento sensível é considerado enganoso. Por isso, as representações da razão são as mais exatas, e as únicas que podem conduzir ao conhecimento logicamente necessário e universalmente válido.A razão é capaz de conhecer a estrutura da realidade a partir de princípios puros da própria razão. A ordenação lógica do mundo permite compreender a sua estrutura de forma dedutiva. O racionalismo segue, neste aspecto, o modelo matemático de dedução a partir de um reduzido número de axiomas. Os racionalistas partem do princípio que o sujeito cognoscente é ativo e, ao criar uma representação de qualquer objeto real, está a submetê-lo às suas estruturas ideias.O racionalismo filosófico engloba várias vertentes de pensamentos, os quais geralmente compartilham a convicção de que a realidade é na verdade, de natureza racional e que as deduções adequadas são essencialmente para alcançar o conhecimento. Essa lógica dedutiva e o uso de processos matemáticos fornecem as ferramentas metodológicas principais. Assim, o racionalismo tem sido muitas vezes realizado em contraste com empirismo. ___Empirismo:
É conhecido como a oposição ao racionalismo e considera a experiência como a única fonte conhecimento válido. Só o conhecimento sensível nos coloca em contato com a realidade. Dada esta característica, os empiristas tomam as ciências naturais como o tipo ideal da ciência, uma vez que é baseado em fatos observáveis. Para o empirismo a experiência é a sustentação de todo o conhecimento, no entanto possui seu limite. Os empiristas recusam a existência de ideias inatas, como defendia Platão e Descartes. A mente está vazia antes de receber qualquer tipo de informação proveniente dos sentidos. Todo o conhecimento sobre as coisas, mesmo aquele em que se elaboram leis universais, provém da experiência, por isso mesmo, só é válido dentro dos limites do observável. Empirismo é uma crítica do racionalismo sob a suposição de que a razão tem natureza ilimitada, e até mesmo o próprio processo irracional pode produzir qualquer tipo de conclusão. A razão em si não tem base e opera a partir de suposições. Conhecimento válido, portanto, só considerada adquirida através da experiência. Os principais representantes dessa filosofia são: Bacon, Hobbes, Newton, Locke e Hume Berkelery. Destes, Bacon e Newton trabalhou principalmente no campo das ciências naturais. Pensamentos empiristas compreendidos por tudo o que é o objeto do conhecimento, Locke incluem percepções, enquanto Hume. Tanto Locke e Hume aceitaram subjetivismo argumentam que o conhecimento e a realidade realmente não sabem apenas idéias sobre isso. ___Empirismo e suas posições : • Estuda os acontecimentos e experiências. • A fonte principal e última são: a percepção, intuição, no sentido da ordem. • Nega a possibilidade de idéias espontâneas. • Assume que todo o conhecimento é baseado na experiência. • Destaca o significado da experiência, especialmente no sentido de percepção. • É necessário a observação (sentidos) para dar certeza do conhecimento. • Examina, confirma ou nega a hipótese. • O que determina se o conhecimento é válido ou não, está no caminho da construção. • Principais Representantes: John Locke, David Hume, e Francis Bekerley Bacun. __Racionalismo suas posições: • Estuda as entidades abstratas que só existem na mente humana. (Conceito) • A principal fonte e teste final de conhecimento (raciocínio dedutivo), com base em princípios claros e axiomas (princípio básico é aceito como verdadeira sem prova alguma). • Ele afirma que a mente é capaz de reconhecer a realidade através da sua capacidade de raciocinar. • Sistema de pensamento que enfatiza o papel da razão na aquisição do conhecimento. • Ela é expressa por meio de conceitos lógicos e sistemáticos que são agrupados teorias. • Demonstrar ou provar. • O conhecimento vem depois da dúvida e encontrar um princípio evidente uma verdade clara e distinta.
Principais Representantes: René Descartes, Spinoza, Leibniz, e Kant. Contudo, em função da complexidade entre Racionalismo x Empirismo, Kant tentou uma saída para o conflito no âmbito do racionalismo e empirismo. Kant conceitua que conhecimento racionalista repousa sobre as coisas puramente de ordem lógica. E no conhecimento empírico, afirma que as experiências empíricas, são acessíveis para a construção do conhecimento. Desse modo a filosofia Kantiana, propunha que: tanto o Racionalismo como o Empirismo tem sua validade de verdade. O primeiro no que diz respeito que o conhecimento é de ordem racional, e o segundo, no que assevera que o conhecimento é experiencial, todavia Kant afirma haver composições prévias no sujeito, quais são estruturas e cognitivas de modo à priori, e que, contudo, só se concluíam com a experiência, a posteriori. Mas isso tornou a filosofia de Kant mais tensa e complexa...
_Conclusão: O racionalismo assevera que a
razão pura (a razão sem influência dos sentidos empíricos) é a maior (única)
fonte do conhecimento, sendo que o empirismo, ao contrário, afirma que todo o
conhecimento é contraído pelos sentidos empíricos.
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quinta-feira, junho 20, 2013
Síntese do Niilismo Parte II
“Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós! Como haveremos de nos consolar, nós os algozes dos algozes? O que o mundo possuiu, até agora, de mais sagrado e mais poderoso sucumbiu exangue aos golpes das nossas lâminas. Quem nos limpará desse sangue? Qual a água que nos lavará? Que solenidades de desagravo, que jogos sagrados haveremos de inventar? A grandiosidade deste ato não será demasiada para nós? Não teremos de nos tornar nós próprios deuses, para parecermos apenas dignos dele? Nunca existiu ato mais grandioso, e, quem quer que nasça depois de nós, passará a fazer parte, mercê deste ato, de uma história superior a toda a história até hoje !”
NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência, §125.
a) - O próprio Nietzsche, em “A vontade de poder” expõe “que os valores supremos estão perdendo o seu valor”. Nietzsche faz ver que o niilismo é desvalorizar os altos valores existenciais e sustenta a insustentabilidade absoluta de que todos os valores supremos são em si, alguma coisa inviolável; que possa dar ordem de sentido à realidade existencial. Parece-me que o niilismo está apontando para um sentido fora do que é aquilo que damos significância como supremamente material. Onde, também, o próprio ser humano, exalta valores nele mesmo que são altamente valiosos e invioláveis dentro da vida (“é a lógica de nossos grandes valores como idéias pensadas até o fim”). Já que a existência como vida possui valores, nela se apega como se dependêssemos apenas dela para a realização de nosso bem e valores. Atribuímos valores em tudo dentro da vida, de modo que esses valores em si são estimados em tal nível que eles se bastam para valorização da vida com supremo apego. O Niilismo faz ver que o não valorizar o tudo é o valorizar o fora da vida. Valorizar os altos valores dentro da vida é depreciação de ordem e de ideal. Assim, o niilismo significará também que nada é verdadeiro, e por isso mesmo tudo é incerto, sem o Absolutismo . O niilismo nesse sentido é a desconfiança e a negação dos valores absolutos que se constituem como venerações supremas. Não é a invalidação da verdade, mas o negar sua soberania. O niilismo relativiza a ordem da verdade e confronta-se com ela de modo irreverente, ou seja, o Niilismo não possui nenhuma veneração pela verdade, posto que ela seja subjetiva e não absoluta, já que todo absoluto é nulo de validade...
b) - Uma vez que a consciência da ausência de sentido, pela necessidade de uma plenitude perene que não chega e na descrença no mundo metafísico. Nesse caso, não é ao mesmo tempo possível pensar com expectativa em um fim, com o conceito de unidade, pleno de valor e de uma verdade satisfatória. Prevalece então, o sem sentido, a vontade de nada, a negação da vida, a desesperança. O fim não chega a nada, e que não se deve esperar que ele chegue, embora o fim seja visto como uma unidade de valor:
c) - Segundo Nietzsche, no final do século XIX, a Europa já experimenta a morte de Deus. E a Europa não se dava conta de que a morte de Deus insinuava a desvalorização dos valores morais. Vemos a desvalorização dos valores supremos que, por isso a morte de Deus implica a desvalorização de todos os demais valores. A morte de Deus é a morte do mundo-verdade; a invalidação absoluta dos valores soberanos e transcendentes. A fé racional em Kant, afasta que esse entendimento da morte de Deus seja racional. No sentido de que fé e razão atuam em esferas inconciliáveis e distintas. A afirmação da fé racional é própria a consciência humana da sua mudança. A fé racional faz que uma pessoa possa estar plenamente segura de que ninguém poderá refutar a proposição: Se Deus existe; como se pode ter tal intuição?
d) - Nietzsche nos leva ao entendimento do não valor da existência quando compreendemos que ela não pode interpretar-se, no seu modo de ser, nem com a noção do conceito de fim, nem com a do julgamento de unidade, nem com a do principio de verdade. Não atingimos a nada, não conseguimos coisa nenhuma dessa espécie; a unidade plena não aparece no pluralismo do devir: nesse caso Nietzsche nos faz ver que o caráter da existência não é o de ser verdadeiro, porém o de ser falso. A despeito de obtido o sentimento do não-valor ele compreende que não poderia interpretar o sentido comum da existência nem pelo entendimento de “finalidade”, nem pela de “unidade”, nem pela de “verdade”. Nada se alcança nem se obtém por meio delas; falta a unidade que interfere na multiplicidade dos acontecimentos: o caráter da existência não é “verdadeiro”, ele é falso. Categoricamente não há razão de se persuadir da existência do mundo-verdade. Em resumo as categorias: “finalidade”, “unidade”, “ser”, que podem definir um valor ao mundo, são removidas e por definição existência tem o caráter de uma coisa sem valor...
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“ O real não está na saída nem na chegada.
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domingo, fevereiro 24, 2013
Diálogo - Por Paulo Freire
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quarta-feira, fevereiro 06, 2013
Rápida Utopia – De Umberto Eco
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domingo, janeiro 20, 2013
Pensar é Dialogar
"Nada caracteriza melhor o homem que o fato de pensar".
Aristóteles
______O único ser vivo que tem em si capacidade de articular seu pensamento é o homem. Todo seu modo de ser, assinala para sua forma pensante. Só ele pode expressar seus pensamentos de muitas maneiras e de varias formas. O humano é um ser pensante criado para fazer uso dos seus pensamentos antes mesmo de poder agir.
No processo do pensar não está implicado, apenas aquilo que vemos, ouvimos, sentimos percebemos ou perscrutamos pela analise racional das coisas examinadas. Pensamos porque somos uma ex-istência no mundo, pensamos pelo fato de sermos uma realidade complexa e infinita dentro da própria existência. Existência essa, que nos seduz desafiando à compreensão do seu sentido. Por isso, pensar é participação humana dentro da historia que é o nosso aqui e agora... Pensar é relação dinâmica com a vida, pensar é inclusão na natureza, e é um encontro profundo com a sua própria essência e com a liberdade de si mesmo. Pensar é o principio determinante daquilo que somos no mundo.
O pensamento é uma capacidade dialogal. Dialogal por que estamos sucessivamente em comunicação com a realidade que fazemos parte. Dialogamos continuamente com nosso universo interior, que é o dialogo com sigo mesmo. Dialogamos também com o universo exterior, qual estamos integrados e que nos causa-perplexidade e admiração. É com essa habilidade de dialogar para dentro (interior) e de percepção das coisas que estão fora (exterior) promovem a construção dos pensamentos.
É pensando que fazemos à leitura da vida e de tudo que existe. Daí, concebemos e interpretamos o real. Com esses acenos propomos a decodificar a realidade de modo dialético e original. Estaremos sempre ativos no dialogo para dentro e para fora e por isso militante do ato de pensar tudo até o impensável. É o mistério da existência que evoca a reflexão que movimenta o pensamento em direção ao real qual está pleno de representações, de conceitos, de figuras, de imagens de símbolos, e de mistérios. E isso faz da realidade algo fascinante, desejável e sempre questionável. Por isso motiva o ser humano a suscitar o dialogo com o seu próprio “Eu” no afã de descobrir o sentido de sua existência. Daí o pensar evoca o “ser” que se manifesta questionando, e pondo-se a indagar em pleno dialogo com sua própria dimensão interior, colocando diante de si questões tais: Quem sou eu? O que é a vida? Olhar essa profundidade é muito além de pensar as questões básicas da vida; refletir assim é transcendência.
Porque o ser humano não está ai por acaso, pensar a existência significa perguntar pelo sentido de si mesmo e de todas as coisas. Esse dialogo interior, é sempre progressivo e pode alterar a própria vida. Perguntar, responder e refutar em si mesmo processa o conceito das de novas idéias. Auto-propor tese, direcionar-se a antítese, e concluir com uma síntese aquilo que se pensa é em si participação do próprio pensar dialogal. Pensar é criar é inventar é dialogar em direção a sua própria unidade existencial.
Pensar é o fruto do dialogo com seu próprio ponto de vista que às vezes são obscuros, absurdos, estranhos, incoerentes e irrisórios, até imbecis; mais que são importantes na ótica do próprio pensador que busca autenticidade partindo das idéias gerais até as idéias próprias.
Pensar é um programa dialético também com o externo com o mundo e com a realidade.
Demonstrar individualidade, é pensar e pensar é manifestação de vida, é expressão, de uma presença, chamada homem. Aplicar-se ao dialogo existencial é pensar e pensar é o dialogo em profundidade.
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terça-feira, janeiro 15, 2013
Homo Sapiens & Homo Demens.
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