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terça-feira, dezembro 11, 2012

Cogitando com Pathos.


Não quero refletir a vida apenas na ótica da lógica sistemática, senão ficaríamos numa interminável dissertação melancólica e pessimista.Nesse caso concordo coma as palavras de Antoine de Saint-Exupéry Autor do Pequeno Príncipe: “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”. Quero pensar a vida com o coração. Concordo com Blaise Pascal (1623-1662) que disse: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”. Então é com o sentimento de fineza como Pascal colocou, quero aqui refletir a vida e do modo como degusto o viver a vida. Vejo o prazer de viver a vida em muitas situações. Permita-me expor, por exemplo, um caso muito pessoal, na ocasião em que vi os nascimentos de meus filhos André (1989) e Andressa (1991) a vida para mim sorriu com forte emoção me oferecendo uma explosão de exultação. Tenho satisfação pela vida quando vejo pessoas que se mobilizam em solidariedade por outras que vivem necessitadas. Sinto correspondência pela vida, quando vejo a capacidade que os humanos possuem de expressar sentimentos com atos fraternos e de reciprocidade. Como foi o exemplo de Betinho o nosso inesquecível Herbert de Souza; que não mediu forças e conseqüências (mesmo morrendo) para ser instrumento de vida para outros na mobilização nacional de combate ao mais algoz inimigo do ser humano, a fome. Usando a palavra “Quem tem fome tem presa”. A vida mostra ser grande e nobre quando ela nos oferta os recursos naturais para a nossa sobrevivência. Ela mesma argumenta conosco mostrando o seu milagre de fazer vir ao mundo uma criança, de fazer brilhar a luz do sol, do ar que respiramos, da chuva que cai regando a terra e da comunhão com tudo que existe.
Senhora e venerável vida, eis minha prece: “És bela, formosa, preciosa. Que nossos lábios te bendigam, e que jamais caiamos na tentação de sermos ingratos a ti; porque és gentil, bendita e benfeitora te todos é de Deus um grande dom". Viver são aqueles momentos de felicidade ou os momentos de tristeza. Viver é sonhar, é ter fome, sede, é sentir canseira e suar, é ver, escutar, apalpar é o cheiro da terra molhada. É feita dos momentos de erro e de acerto; de dúvida e de certeza; Das tentativas e das desistências; do arrependimento e da compunção; É a coragem e o medo; e a emoção e a lagrima; é vento no cabelo, é a constituição biológica, é a química do sangue nas artérias e coração batendo dentro do peito e fazer amor. É nascer, crescer, morrer, ser lembrado ou cair no esquecimento. Ou diluir na poeira cósmica como disse Darci Ribeiro. É dormir, acordar, estudar, trabalhar, brincar, ir vir, ter e não ter, e casar, ter filhos ou não. É o aqui e o agora, é sentir saudade é ter religião, é fé ou incredulidade. É Bondade, maldade ser amado ou detestado é tempo, água, fogo, terra ar. É Cantar, dançar, rir, chorar é ter amigos é ser livre e fantasiar e tomar cerveja com os amigos ou está só.
Inclui, excluir, Possuir, biografia, nome, família é ter um lar é ter uma pátria. A vida está em forma de movimento, possuindo passado presente e futuro com uma dinâmica desafiadora de sua própria construção histórica e verdadeira. Ela tem também relações, com o universo, que também é vivo e em plena evolução e por meio dele nos relacionamos com o Criador da vida. Mesmo que encontremos certas definições ou não, para o que seja o mistério da vida, uma coisa é fato. Ela sempre nos causará fascínio e será sempre a infinita, querida e desejada se fazendo e acontecendo com todas as suas manifestações, e sempre amada. Continuamente haverá quem se dedique ao desafio de refletir o sentido da vida, patrocinados pelo amor à própria vida. Entretanto o importante é fazermos da vida algo significativo e vivê-la de modo que vala apena de modo que ao envelhecer ou já perto da morte possamos ter o prazer de dizer VIVI A VIDA. Vivamos a nossa existência, sempre de modo licito e prazeroso com todos os seres
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