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segunda-feira, julho 15, 2013
A esperança é muito mais estimulante que a sorte. - Nietzsche-
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Em Labirintos Do Pensamentos exponho breves ensaios Hermenêuticos, Filosóficos e Lacônicas Reflexões e outros textos de não minha autoria estarão enriquecendo nosso Blog. Bom Proveito a Todos .
domingo, julho 14, 2013
A Rebelião das Massas - José Ortega Y Gasset - Breve Resenha .
"A Rebelião das Massas", obra prima de José Ortega y Gasset, O filósofo espanhol José Ortega y Gasset (1883-1955) escreveu os artigos que vieram a compor a obra A Rebelião das massas em outubro de 1929 no diário El Sol de Madri. O livro foi editado em 1930. O livro está disposto em duas partes: a) A Rebelião das massas; e b) Quem manda no mundo? Cada parte subdivide-se nos artigos que Gasset, expõe seus conceitos filosóficos e sociológicos.
___________________________________________A Rebelião das Massas -
A capacidade de análise e visão do futuro; ainda na década de 1927, com a Europa à beira de uma guerra total, que um dia ela estaria unida em uma entidade ultra-nacional. Em segundo lugar pela atualidade de seu texto, a leitura que faz do mundo de sua época é o mesmo dos dias de hoje, o que mostra que nos estamos mesmos dilemas apontados por ele há 86 anos. Sua obra ainda atual, e até mesmo aprofundada.
Não se trata uma abordagem de política, mas de algo muito mais profundo que a precede, a própria organização social da humanidade. Foi um visionário, previu a União Européia, a explosão da violência, o consumismo, a ditadura da legalidade, o caos da descolonização.
Critica a homogeneidade que começava a tomar conta do continente europeu e apresenta a primeira definição do homem-massa:
Gasset nos apresenta o homem que passou a dominar o mundo a partir do início do século XX, o homem-massa. Não se pode entender este homem como um operário, com o trabalhador; o homem-massa está entre os intelectuais, na elite econômica, entre os mais ricos, entre os mais pobres. Não se trata de uma classe, mas uma forma de viver o mundo que lhe é peculiar.
“É o homem previamente esvaziado de sua própria história, sem entranhas de passado e, por isso mesmo, dócil a todas as disciplinas chamadas “internacionais” (…) só tem apetites, pensa que só têm direitos e não acha que tem obrigações: é um homem sem obrigações de nobreza.”
Fala em homem, natureza, histórica, sociedade, indivíduo, coletividade, Estado, uso, direito. “A política priva o homem da solidão e da intimidade, e por isso a pregação do politicismo integral é uma das técnicas usadas para socializá-lo”.
Condena as tentativas de reformar o mundo pelas revoluções; estas rompem violentamente com a tradição sem superá-la, fadando-as ao fracasso e à violência. O que distingue o homem do animal é sua capacidade de reter memória, “romper a continuidade com o passado é querer começar de novo, é aspirar a descer e plagiar o orangotango.”
Nesta constatação a primeira característica do homem-massa: ele não atribui a si mesmo um valor, mas se sente o próprio VALOR “como todo mundo”; não se angustia com isso, sente-se bem por ser idêntico aos demais. Distingue-se da minoria; esta exige mais de si mesma, acumula dificuldades e deveres. Em toda classe social há uma massa e uma minoria. “A característica do momento é que a alma vulgar, sabendo que é vulgar, tem a coragem de afirmar o direito da vulgaridade e o impõe em toda parte.”
SUBIDA DO NÍVEL HISTÓRICO E CRESCIMENTO DA VIDA
“A vida média se desenvolve hoje numa altura superior à que se encontrava ontem”.
O século XIX deixou como herança uma transformação na sociedade com a rapidez cada vez maior do avanço técnico-científico. Uma das conseqüências foi que o homem médio passou a ter acesso a condições e instrumentos inventados por homens especiais para homens especiais. Desta forma as massas emergiram para o primeiro plano da história. Gasset defende uma interpretação radical da aristocracia, afirma que a sociedade humana é sempre aristocrática por sua própria essência, “a ponto de ser sociedade na medida em que é aristocrática, e deixar de sê-lo na media que se desaristocratiza.”
Vive-se então, em uma época em que se sente que a vida é mais vida do que todas as épocas anteriores, por isso o homem atual perdeu todo respeito e atenção com o passado. A imagem que Gasset faz do crescimento da vida mais do que atual: “o conteúdo da vida do homem médio de hoje é todo o planeta; que cada indivíduo vive habitualmente todo o mundo (…) cada pedaço de terra já não está confinado o seu lugar geométrico, mas atua nos outros lugares do planeta para efeitos vitais.” É bom lembrar que na época nem se imaginava a transmissão de dados via satélite ou a internet.
Antecipou até o consumismo: “Não é fácil imaginar, desejar, um objeto que não exista no mercado, e vice-versa: não é possível que um homem possa imaginar e desejar tudo que se acha à venda.”
O HOMEM-MASSA
Feitas as considerações sobre a vida de sua época, Gasset começa a apresentar o homem-massa:
1. Este homem não encontra mais nenhuma barreira social e aprende que todos os homens são legalmente iguais. A vida para o homem das épocas passadas era limitação, obrigações, dependência. Para o homem-massa é ilimitada; “Futiga seus apetites que, em princípio, podem crescer indefinidamente (….) não se preocupa com nada além de seu bem-estar”.
2. Não reconhece nenhuma instância fora dele, está satisfeito do jeito que é. “Ingenuamente, sem ser arrogante, como a coisa mais natural do mundo, tenderá a afirmar e qualificar como bom tudo o que tem em si: opiniões, apetites, preferências ou gostos”. Está encantado consigo mesmo. O homem excelente possui uma intima necessidade de apelar para uma norma além dele, superior a ele, a cujo serviço se coloca espontaneamente, exige de muito de si mesmo enquanto que o homem vulgar não exige nada.
3. As massas intervêm em tudo, e só o fazem violentamente. Julgam-se no direito de ter opiniões sobre os mais diversos assuntos, mas sem terem feito um esforço prévio para forjá-las. Possuem um grupo de idéias dentro de si, contenta-se com elas considera-se intelectualmente completa. Não admite nada além desse repertório que formou. “Não é que o vulgo pense que é excepcional e não vulgar, mas sim que o vulgar proclama e impões o direito da vulgaridade, ou a vulgaridade como um direito”. Surge um novo tipo de homem, o que não quer dar razão nem quer ter razão, mas que se mostra decidido a impor suas opiniões, é o direito a não ter razão. Possui idéias, mas é incapaz de formá-las. A forma de atuar é a ação direta, inverte a ordem e proclama a violência com a primeira razão. Não deseja a convivência com o que não é como ela. “Odeia mortalmente o que não é ela”.
4. Vive num mundo de extraordinário avanço científico e tecnológico, no entanto cada vez o homem se interessa menos pelos princípios da ciência. “O mundo é civilizado, mas seu habitante não o é: nem sequer vê a civilização nele, mas a utiliza como se fosse à natureza”.
5. “O homem-massa acha que a civilização em que nasceu e que usa é tão espontânea eprimigênia como a Natureza (…). Os valores fundamentais da cultura não o interessam, não são sensíveis a eles, não está disposto a colocar-se a seu serviço”. O mundo se tornou mais difícil e complexo e cada vez é menor o número de pessoas à altura desses problemas. Há algumas cabeças capazes, mas o homem-massa não quer pô-las sobre os ombros. O homem fracassa por não conseguir acompanhar o progresso de sua própria civilização. Um das coisas mais notáveis é que as pessoas “cultas” de hoje serem de uma ignorância histórica incrível, ao mesmo tempo em que a história avançou com ciência, perdeu-se como cultura.
6.
O homem vulgar é definido como sendo aquele não impõe sobre si próprio nenhum esforço voltado à busca da perfeição, pois já se sente satisfeito consigo mesmo, sendo ainda altamente suscetível à despersonalização e à aderência à onda do momento e ao grupo dos ‘homens-massa’. O homem excelente, ao contrário, impõe enorme demandas a si próprio incluindo tarefas difíceis e árduas responsabilidades. O aumento dos movimentos de massa do início do século vinte criou uma peculiar conjuntura social na qual a proporção de homens excelentes diminuía à medida que proporção de homens vulgares aumentava. É o olhar a estrutura psicológica deste homem massa do seguinte modo: Que a vida para ele se apresenta com uma impressão radical que e fácil; abastada sem limitações, isto é cada individuo médio repousa numa sensação de domínio e triunfo; afirma-se como moral e intelectualmente bom e completo, fechando-se a qualquer instância superior; e intervirá em tudo, impondo sua opinião vulgar, sem considerações, contemplações, nem reservas ;quer dizer , segundo seu regime de ação direta. Comporta-se como uma “criança mimada”, pensa que pode se comportar em qualquer lugar como em sua casa. Caracteriza-se por saber que certas coisas não podem ser e, apesar disso, e por isso mesmo, fingem uma convicção contrária com seus atos e palavras. É o que chamou de “mocinho satisfeito”.
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domingo, julho 07, 2013
Breve Síntese do Conflito Racionalismo x Empirismo
Racionalismo: ___Compartilham a visão de que há o conhecimento inato, diferem em que eles escolhem diferentes objetos de conhecimento inato. Platão é um racionalista, porque ele acha que não temos conhecimento inato das Formas [objetos e conceitos matemáticos (triângulos, igualdade, grandeza), os conceitos morais bondade, beleza, virtude. Já Descartes pensa que a ideia de Deus, ou perfeição e infinito, e o conhecimento é próprio da existência e inato. Leibniz, Articula que os princípios lógicos são inatos. Para o racionalismo a razão é o fundamento do conhecimento. O conhecimento sensível é considerado enganoso. Por isso, as representações da razão são as mais exatas, e as únicas que podem conduzir ao conhecimento logicamente necessário e universalmente válido.A razão é capaz de conhecer a estrutura da realidade a partir de princípios puros da própria razão. A ordenação lógica do mundo permite compreender a sua estrutura de forma dedutiva. O racionalismo segue, neste aspecto, o modelo matemático de dedução a partir de um reduzido número de axiomas. Os racionalistas partem do princípio que o sujeito cognoscente é ativo e, ao criar uma representação de qualquer objeto real, está a submetê-lo às suas estruturas ideias.O racionalismo filosófico engloba várias vertentes de pensamentos, os quais geralmente compartilham a convicção de que a realidade é na verdade, de natureza racional e que as deduções adequadas são essencialmente para alcançar o conhecimento. Essa lógica dedutiva e o uso de processos matemáticos fornecem as ferramentas metodológicas principais. Assim, o racionalismo tem sido muitas vezes realizado em contraste com empirismo. ___Empirismo:
É conhecido como a oposição ao racionalismo e considera a experiência como a única fonte conhecimento válido. Só o conhecimento sensível nos coloca em contato com a realidade. Dada esta característica, os empiristas tomam as ciências naturais como o tipo ideal da ciência, uma vez que é baseado em fatos observáveis. Para o empirismo a experiência é a sustentação de todo o conhecimento, no entanto possui seu limite. Os empiristas recusam a existência de ideias inatas, como defendia Platão e Descartes. A mente está vazia antes de receber qualquer tipo de informação proveniente dos sentidos. Todo o conhecimento sobre as coisas, mesmo aquele em que se elaboram leis universais, provém da experiência, por isso mesmo, só é válido dentro dos limites do observável. Empirismo é uma crítica do racionalismo sob a suposição de que a razão tem natureza ilimitada, e até mesmo o próprio processo irracional pode produzir qualquer tipo de conclusão. A razão em si não tem base e opera a partir de suposições. Conhecimento válido, portanto, só considerada adquirida através da experiência. Os principais representantes dessa filosofia são: Bacon, Hobbes, Newton, Locke e Hume Berkelery. Destes, Bacon e Newton trabalhou principalmente no campo das ciências naturais. Pensamentos empiristas compreendidos por tudo o que é o objeto do conhecimento, Locke incluem percepções, enquanto Hume. Tanto Locke e Hume aceitaram subjetivismo argumentam que o conhecimento e a realidade realmente não sabem apenas idéias sobre isso. ___Empirismo e suas posições : • Estuda os acontecimentos e experiências. • A fonte principal e última são: a percepção, intuição, no sentido da ordem. • Nega a possibilidade de idéias espontâneas. • Assume que todo o conhecimento é baseado na experiência. • Destaca o significado da experiência, especialmente no sentido de percepção. • É necessário a observação (sentidos) para dar certeza do conhecimento. • Examina, confirma ou nega a hipótese. • O que determina se o conhecimento é válido ou não, está no caminho da construção. • Principais Representantes: John Locke, David Hume, e Francis Bekerley Bacun. __Racionalismo suas posições: • Estuda as entidades abstratas que só existem na mente humana. (Conceito) • A principal fonte e teste final de conhecimento (raciocínio dedutivo), com base em princípios claros e axiomas (princípio básico é aceito como verdadeira sem prova alguma). • Ele afirma que a mente é capaz de reconhecer a realidade através da sua capacidade de raciocinar. • Sistema de pensamento que enfatiza o papel da razão na aquisição do conhecimento. • Ela é expressa por meio de conceitos lógicos e sistemáticos que são agrupados teorias. • Demonstrar ou provar. • O conhecimento vem depois da dúvida e encontrar um princípio evidente uma verdade clara e distinta.
Principais Representantes: René Descartes, Spinoza, Leibniz, e Kant. Contudo, em função da complexidade entre Racionalismo x Empirismo, Kant tentou uma saída para o conflito no âmbito do racionalismo e empirismo. Kant conceitua que conhecimento racionalista repousa sobre as coisas puramente de ordem lógica. E no conhecimento empírico, afirma que as experiências empíricas, são acessíveis para a construção do conhecimento. Desse modo a filosofia Kantiana, propunha que: tanto o Racionalismo como o Empirismo tem sua validade de verdade. O primeiro no que diz respeito que o conhecimento é de ordem racional, e o segundo, no que assevera que o conhecimento é experiencial, todavia Kant afirma haver composições prévias no sujeito, quais são estruturas e cognitivas de modo à priori, e que, contudo, só se concluíam com a experiência, a posteriori. Mas isso tornou a filosofia de Kant mais tensa e complexa...
_Conclusão: O racionalismo assevera que a
razão pura (a razão sem influência dos sentidos empíricos) é a maior (única)
fonte do conhecimento, sendo que o empirismo, ao contrário, afirma que todo o
conhecimento é contraído pelos sentidos empíricos.
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